
Nessa minha loucura de fazer uma releitura daquela face com exata perfeição espalhei telas em branco pela casa e andava munido de pincéis, aquarela, pastel e tinta óleo.
Dona Lúcia, lavadeira lá de casa reclamava toda semana de toalhas, lençóis, camisetas, calças e cuecas, já estava tudo manchado de tinta.
- Se quer brincar de pintor, use guache, dizia ela.
Tola, não podia entender que talvez não fosse eu feliz enquanto o rosto da donzela não existisse, de fato, na tela, no papel ou na borda do livro. Eu não seria feliz se ela não existisse.
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